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O novo passaporte da Suíça é tão impressionante que merece estar em um museu


A Suíça pode ter o 5º passaporte mais forte do mundo, mas eles também têm o passaporte mais bonito agora, com este novo design revelado pelo estúdio RETINAA, sediado em Genebra. 


Passaportes geralmente são objetos burocráticos — que devem apenas ser carimbados, comumente apresentando capas desgastadas com orelhas e, em sua maioria, esquecidos em uma gaveta até a próxima viagem. Mas isso não vale para os suíços, pois transformaram os seus em uma verdadeira obra de arte. Projetado pelo estúdio RETINAA, de Genebra, o passaporte suíço de última geração, transforma um simples documento de viagem em uma celebração gráfica intrincada, quase poética, da identidade do país.





A Suíça é reconhecida pelo seu artesanato meticuloso, seja em relojoaria, no design gráfico ou em infraestruturas. O novo passaporte não é exceção. O estúdio RETINAA texturizou as paisagens do país no papel do próprio documento, usando relevos modelados em 3D que traçam uma jornada imaginária dos picos alpinos até os vales. Pense nisso como uma carta de amor cartográfica à Suíça — cada página se desdobrando como um diário de viagem pelos 26 cantões do país. E quando você pensa que já viu de tudo, a luz ultravioleta revela linhas de contorno ocultas e marcos arquitetônicos, transformando o passaporte em uma experiência interativa em camadas.


É um design distintamente suíço em sua concepção e precisão. Ao contrário de passaportes que se apoiam em hologramas extravagantes ou motivos abertamente nacionalistas, este adota uma abordagem muito mais refinada. A capa interna apresenta um mapa hidrológico, um elegante aceno à reputação da Suíça como a "torre de água" da Europa. Com 1.500 lagos, inúmeros rios e geleiras que fornecem seis por cento da água potável da Europa, a geografia da Suíça não é apenas pitoresca — é essencial. O passaporte incorpora essa realidade, usando a água como um tema recorrente para simbolizar movimento, conexão e continuidade.





Claro, design não é só sobre estética — mas também sobre função. Um passaporte deve ser uma fortaleza contra falsificações, e a RETINAA fundiu perfeitamente a arte gráfica com os recursos de segurança que ultrapassam os limites da tecnologia de impressão moderna. Impressão em talho doce, microtexto e tintas reativas a UV são colocadas em camadas nas páginas, criando um documento que é quase impossível de replicar. O efeito é sutil e impressionante — um objeto que merece estar em um museu de design, mas que funciona como um dos documentos de viagem mais seguros do mundo.



Essa atenção aos detalhes não é surpreendente, dado o legado da Suíça em design gráfico. O país foi pioneiro no Estilo Tipográfico Internacional — também conhecido como “Design Suíço” — definido por suas composições limpas e baseadas em grids, numa autêntica abordagem funcional à comunicação visual. Esse DNA é evidente neste passaporte. Cada elemento é intencional, da tipografia à colocação de recursos de segurança. Até mesmo o microtexto, que pode parecer um detalhe decorativo à primeira vista, serve tanto a uma função de segurança quanto a um propósito de contar histórias, incorporando referências à história e geografia suíças.


Fontes: Designboom/Swiss


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